31 de dezembro de 2009

Parte 7

27/12/2009

Salar de Uyuni/BOL ou: como mudar de ideia em relacao a Bolívia

Acordamos no altiplano recuperados e absurdamente anciosos para o tao falado, esperado e aclamado Salar. Tomamos um belo café da manha regado a panquecas, sucos, leite com café, chá, torradas com mermelada e... mais nada. Luxo totalmente merecido.
Voltamos ao albergue, arrumamos todos os nossos apetrechos e saltamos na caminhonete do Seu Clemente, que nos guiaria no Salar com todos seu anos (muitos mesmo!) de experiencia. A estrada até lá era meio esburacada, mas nada que pudesse nos desanimar, afinal um dos objetivos da viagem estava para ser realizado. Algumas fazendas de Lhamas e um pequeno vilarejo depois chegamos no salar, e posso falar que é uma das coisas mais incríveis que já vi na vida, a sensacao é de estar rodando em solo lunar. A perspectiva se acaba, as nuvens se confundem com o chao plano e branco que reflete a água acumulada das chuvas recentes. E nao é que a merda é realmente 100% sal!? Comprovamos isso quando paramos para tirar algumas fotos ao lado do Hotel de Sal, que mesmo sendo muito atraente, se quiséssemos nos hospedar lá seria acima da nossa humilde caixinha.
Depois de algumas fotos e de lamber o chao (alguma duvida de que nao faríamos isto?), entramos na super Land Cruiser do Seu Clemente e constatamos que se o carro dele no estado que estava rodava muito bem, a gente nao ia precisar se preocupar com o Pajerao nem um pouco.
Rodamos muitos Kms em meio ao nada, sem ter um Norte, mas com a confianca e experiencia do nosso querido guia, chegamos a uma ilha em meio aquela branca imensidao salgada. A ilha, inicialmente "sin nombre" e depois chamada Incahuasi era maneira, coberta de cactus e pedras escuras era um esqueminha bem turístico, onde eram cobrados 15 bolivianos por cabeca para explorá-la a pé. Como bons viajantes com repulsa a turistas baboes, demos um gato nessa taxa e fomos explorar a mesma a nossa maneira, fugindo da balburdia e procurando um local mais calmo e sem gente.
Demos a volta na ilha andando e paramos em uma enseada (de pedras). Com nossas cameras fotográficas, filmadoras, uma bóia rosa e muita criatividade iniciamos nossa própria experiencia no salar, essa que por sua vez futuramente será divulgada, aguardem.
Voltamos ao lado blaze da ilha e, um pouco atrasados comemos nosso delicioso almoco que tinha Quinua, uma saladinha de tomates e pepinos, carne (nao se sabe do que) para os carnívoros e um quiejinho para os vegeterianos.
Iniciamos a volta e com ela uma chuva que, segundo relatos, impediu que muita gente voltasse. A paisagem ficou ainda mais estranha, com o contraste das nuvens cinzentas e o chao branco. Paramos para pegar nosso próprio bloco de sal para recordacao e chegamos saos e salvos gracas a toda destreza e malicia do Seu Clemente.
A segunda noite na cidade foi bem agradável. Nos reuinimos todos para um jantar no Cactus, mesmo restaurante do café da manha e após comer muito bem, os animados imendaram um trago num Pub local, os desanimados foram curtir um travesseiro. Voltamos depois de alguns drinks exoticos com hojas de coca e fomos dormir, maravilhados com o que havíamos presenciado nesse dia, que com certeza nao sairá de nossas mentes.
Parte 6

26/12/2009

Uyuni/BOL

Chegamos na cidade de Uyuni na parte da tarde, estavamos acabados! Apesar de tudo a paisagem como sempre foi incrível com direito a Lhamas, Guanaquinhos e picos nevados em meio a uma paisagem desértica.
Nos arrumamos no Albergue, o único do Hostelling International da cidade, e como coiotes sedentos por um pedaco de carne saímos em busca de algum restaurante com comida suficiente, excluindo o Kelly e Lia que ficaram doentes dormindinho no quarto. Sendo assim, sentamos em um restaurante um tanto quanto turístico e pedimos a ceva local e uns bifes de Lhama (elas sao bonitinhas mas gostosas também).
Voltamos ao hotel de bucho cheio e encontramos os enfermos. Fizemos nosso amigo secreto e, após muitas risadas e presentes trocados fomos dormir sabendo que depois dos perrengues, a viagem enfim poderia seguir seu curso natural.

30 de dezembro de 2009

Algumas fotos




27 de dezembro de 2009

Parte 5

23/12/2009 até 26/12/2009

Por Pailon, passando por Santa Cruz de La Sierra, Cochabamba, e finalmente Uyuni!

Antes de inicira esta postagem pensamos muito e resolvemos compilat tudo em uma postagem só. Isso porque por estes pedacos da Bolivia tivemos mais problemas do que alegrias, os dois quais listo a seguir em sua ordem cornologica:

Problemas:

1. Autorizacao para os carros rodarem: perdemos dias resolvcendo a "burrocracia" na aduana boliviana, depois de obviamente ter pago uma propina para um policial gordo nao nos apreender os veiculos.
2. Corrupcao: pagamos por catimbos, taxas inconstitucionais, "rifas", tudo que os "policiais" nos cobravam.
3. Altitude e doencas: algo que parecia simples ate a subida da serra para Cochabamba, quando atingimos um pico de 3000 metros de altitude, e quase todo mundo passou mal, exceto por mim e pela Lia que foi pouco afetada. A altitude fez o pessoal ficar doente, enjoado, vomitar, e tudo que de ruim possa acontecer.
4. Estrada de lama: outra estrada de 200 km chata e problematica que gerou dor de cabeca aos viajantes;

Alegrias:

1. Pizza interminavel: Em Santa Cruz de La Sierra comemos a maior pizza do mundo, que tinha o diamentro de uma mesa e mal passava na porta!
2. Altiplano Boliviano: saindo de Cochabamba, e atravessando uma segunda serra (muito linda por sinal) que nos fez atingir 4.500 metros de altitude (ate eu, que ate o momento estava bem, fiquei meio zureta), adentramos o altiplano, que era incrivel! Parecia um outro mundo.

Em resumo foi o que experenciamos nesses dias, e que apesar de encontrarmos alguns Bolivianos muito gente boas (Agradecimento ao caminhoneiro Jorge!), conhecemos muitos fdps!

Finalizo a postagem com a frase que marcou esses dias: "Los gringos son malos!"
Parte 4

22/12/2009

Roboré/BOL - Pailon/BOL

Como de praxe, o Jhonny demorou pra acordar, e comecamos um dos piores dias da viagem (existem outros dias tambem horriveis que se seguem nas proximas partes).
Primeiro comecou com o abastecimento do carro. O maldito frentistas cismou que agente deveria ter uma tal de autorizacao, e que por nao te-la, deveriamos pagar o dobro pela gasolina e diesel (o que no final das contas continua mais barato que no Brasil!). Mas mesmo assim ficamos preocupados com a historia da autorizacao para rodar com os carros na Bolivia, que supostamente deverimaos ter pego na fronteira, mas nao tinhamos qualquer informacao acerca.
Com a pulga atras da orelha seguimos para San Juan de Chiquito, aonde depois de almocarmos fomos a policia para que eles nos dessem uma orientacao sobre o que fazer em relacao a tal autorizacao, e foi quando depois de muito enrolacao nos deram uma "orden de translado" ate Santa Cruz de La Sierra, e assim pudessemos resolver o perrengue la.
Rodamos mais alguns km de asfalto e foi quando entramos em uma "estrada" de terra que tinha singelos 200 km! De longe a estrada mais chata, pentelha e desagradavel que ja dirigi. E o pior aconteceu nela...perdemos nosso rack (ja batizado de deck por alguns)...
Depois de andar mais da metade da maldita estrada dos infernos, comecei a ouvir o mesmo barulho que ouvi antes de chegarmos a Castilo, e foi confirmado, as duas "pernas" da frente do rack estavam rachadas, e nao havia mais o que fazer (infelizmente)...
Retirmaos, desmontamos e salvamos o que dava daquela peca que praticamnete ja fazia parte de nós...abandonando-a praticmante desnuda e a merce na beira da estrada.
Continuamos seguindo tristemente a viagem por mais uns bons km de buraco e poeira, que pareciam interminaveis!
Finalmente, e ja a noite, chegamos a Pailon, aonde dorminos no lugar mais nojento ate agora (frisamos duas cenas: 1. o Jhonny pegou um mini-boliviano mijando no chuveiro; e 2. o Vicente, Lia e Kelly dormiram em um quarto que tinha uma fralda suja atras da porta!). Nao jantamos e fomos dormir por cima dos sleepings.

23 de dezembro de 2009

Parte 3

21/12/2009

Terenos/MS - Roboré/BOL

Acordamos em Terenos num belo dia de sol e calor, e depois de um belo café da manha saímos atras de um mecanico para conferir se havia algum problema com o carro do Adam Sandler... digo... Vicente. Seguindo os conselhos da delegada que estava no hotel, mais conhecida como Nice Girl From BR, nao deixamos que nenhum mecanico picareta enfiasse a mao no nosso carro e criasse algum problema a mais do que ja tivesse por ali.
No fim descobrimos que nao era nada de mais, apenas algum contratempo na pinca do freio, mas nada que atrapalhasse.
Saímos em direcao a Corumbá, a ultima cidade brasileira antes da fronteira. No caminho nos deparamos com uma balsa atolada, abandonada e enferrujada. Como bons peraltas que somos, fomos la, subimos, filmamos, fotografamos e tudo, e depois continuamos indo para Corumbá, onde chegamos na hora do almoco. Depois de comer um prato tipico a base de mandioca, carne seca e calabresa, estavamos prontos para atravessar a fronteira, mas antes compramos uma roda para garantir como estepe do pajerao, que so contava com um.
A fronteira, segundo o Silvano, era simbólica. Simplesmente atravessamos com se estivessemos entrando em um shopping center, sem enxecao de saco de ninguem cobrando passaporte ou qualqer outro documento. Como achamos tudo muuuuito esquisito, voltamos para a cabine dos policiais e aí sim descobrimos que, se nao carimbassemos os passaportes tomariamos varias multas.
Carimbamos os passaportes e fomos indo até onde conseguissemos ir antes do anoitecer, e foi assim que chegamos em Roboré, uma cide que tivemos aque atravessar um laguinho para chegar nela. Entrando na cidade vimos que se trata de uma das paradas do trem da morte, que leva o pessoal para o Peru. Arrumamos um hotelzinho em frente a estacao do trem, no centro da cidade, hotel esse que, foi o melhor ate agora, com ar condicionado e tudo.
Demos uma volta pela cidade procurando o que comer, mas como era tarde tudo ja estava fechando, e assim so nos restou comer um cup noodles no quarto, e depois, cama!

20 de dezembro de 2009

Parte 2

20/12/2009

Lins/SP - Terenos/MS

Acordamos no Plaza Hotel depois de uma boa dormida, e nos preparamos para o café da manhã, tomei o banho que não havia tomado na noite anterior assim como o Viça, e fomos lá comer um melão e tomar leite assistindo globo rural.
Café tomado, check-out, coisas nos carros, e lá fomos nós pegar a estrada.
Quando a fome bateu procuramos no mapa a cidade mais perto: Castilho. É uma cidade bem pequena que está perto da fronteira com o Mato Grosso, e, consequentemente ás beiras do rio Paraná. Entrando na cidade a pajero dos armenios começou a fazer um barulho esquisito, e como eu estava dirigindo pedi para o dudu que estava atrás checar o que era.
Depois de muito procurar ele descobriu o problema, e não era coisa boa: A base do rack do carro estava rachando, e se não arrumassemos aquilo corria o risco de soltar e fazer um beeelo estrago.
-Vamos ver isso depois do almoço! (acho que foi uma frase geral)
Almoçamos e o Dudu e o Viça saíram atrás de alguem para fazer a solda. Enquanto isso o resto das pessoas aproveitaram a tarde de sol de domingo como um típico morador de Castilho, passeando na praça e tomando sorvete!
Depois de um tempo a parte responsavel da turma apareceu com o carro arrumado (ufa!), dizendo que só arrumaram alguem pra fazer o serviço depois da quarta tentativa, também, era de se esperar algo assim num domingo.
O moço que fez a solda na peça ainda deu um saco cheio de jabuticabas, que eu posso dizer que estavam muito boas!
Isso acabou nos atrasando, mas mesmo assim fomos com o intuito pelo menos chegar em campo grande até o fim do dia.
Cruzando a divisa entre São Paulo e Mato Grosso do Sul passamos por cima de uma barragem que represa uma parte do rio Paraná, e na minha opinião, foi a parte mais legal da viagem até agora. Continuamos, agora pelo MS, o que se refletiu muito na qualidade da estrada, que ficou bem ruim.
Fomos indo, passamos uns caminhoes e pegamos uma chuva boa, mas nada que comprometesse o andar da carroagem. Atravessamos a capital, Campo Grande, e foi aí que o Vila se preocupou com um barulho no carro dele, então decidimos parar na primeira cidade que aparecesse.
A felizarda foi a cidade de Terenos, onde arrumamos um hotelzinho honesto, dessa vez com quartos individuais, nos acomodamos e saímos para comer e beber alguma coisa. Agora vamos dormir e nos preparar para mais um dia, esse que, pretendemos cruzar o pantanal e adentrar na tão temida Bolívia!

Parte 1

19/12/2009

São Paulo - Lins

Saímos mais tarde do que o esperado, aliás, beeem mais tarde. O que era pra ser 8:00 se tornou em 12:00, incluindo nesse meio tempo receitas médicas, arrumação do carro, mapas esquecidos, gasolina/diesel e o bom e velho trânsito de São Paulo.
A estrada foi tranquila, Castelo Branco, como eles falam na TV, entre as 10 melhores do Brasil, mas não citam a quantidade de pedágios.
Durante o dia paramos em Itapetininga, ou Itapê para os mais intimos. Lá comemos no restaurante da tia da Lia, um árabe, muito bom por sinal! Tiramos umas fotos, compramos a propina para os guardas bolivianos e partimos.
A ideia era chegar em Araçatuba até o fim do dia, mas como enrolamos muito pra sair de São Paulo, acabamos parando em Lins, que era cerca de 100kms mais perto, o que nos pouparia de ter que dirigir a noite.
A cidade não é muito grande, mas é acolhedora, fizemos o check-in no Plaza Hotel, arrumando um quarto para nós 6, deixamos as coisas no quarto e saímos para brindar o começo da jornada.
Algumas cervejas na praça do centro da cidade, depois pizza de marguerita no hotel e fomos dormir, pelo menos eu, que capotei, alguns tomaram um banho antes.