10 de janeiro de 2010

Parte 9

30/12/2009

Calama/CHI - San Pedro de Atacama/CHI

Acordamos, de certa maneira, revigorados. A entrada no Chile pareceu ter lavado a alma dos viajantes com um daqueles jatos de água de lavar carros. Nos Dividimos em grupos, na verdade, duplas. Croki e Viça se encarregaram de arrumar algumas coisas dos carros, eu e a Lia fomos levar kilos de roupas sujas para lavar e o Gui e Johnny foram ao supermercado comprar alguns mantimentos, afinal, estávamos em uma cidade grande e rolavam dicas que em San Pedro tudo saíria o dobro do preço por ser uma cidade turística.

Almoçamos na praça de alimentação do shopping e gastamos alguns pesos tentando ganhar um boneco do batman naquelas máquinas engana-trouxa de bichinhos de pelúcia. Pegamos a estrada e o caminho até nosso maior destino era curto e belo, com a paísagem cada vez mais árida, abusando dos tons pastéis.

Sair de São Paulo acompanhar toda a tranformação da paisagem nos fascinava a cada instante, principalmente nessa região de deserto que era até então completamente estranha a todos nós, filhos do concreto. Nosso primeiro contato direto com o deserto do atacama foi a parada em um mirante, que não era so um mirante, e sim O mirante, com vista para o vale de lua, uma série de formações causadas pelo choque das placas tectônicas que formou uma supérficie semelhante ao solo lunar, que para mim mais parecia com Marte, mesmo que eu ainda não conheça os dois lugares para tais comparações.

Seguimos para San Pedro de Atacama e fomos direto para o albergue, que para nossa surpresa era excepcional. Comandado por um casal e alguns amigos, o hostel é como uma construção típica local, com uma área de convivência envolta pelos quartos, tudo de muito bom gosto e o melhor, barato! Nos instalamos, descansamos um pouco e segundo nosso vago conhecimento da região, fomos atrás de uma tal "piscina". Eu imaginel algo como um oasis no deserto, algo natural para pular na água e ficar tão feliz quanto porco na lama, mas para nossa tristeza o local era um coplexo farofeiro, tudo atificial, para quem quisesse ir como num domingão de sol fazer um churrasco e mamar uma cerveja morna, algo que difinitivamente não queríamos. Nossa sorte foi chegar tarde a esse lugar, o Pozo 3, que já estava fechando, e assim como bons glutões que somos resolvemos voltar ao hostel e preparar uma pasta boliviana com funghi seco, batizada assim pelo Croki que a temperou com algumas folhas de coca que estavam dando sopa ali pela cozinha.

Comemos e começamos a tomar os vinhos que trouxemos de Calama, afinal, uma vez no Chile não ha como não beber dos vinhos locais, que estão entre os melhores do mundo. Bebemos, bebemos e bebemos, tanto que até saímos para comprar mais, e assim fomos até dar sono. Dormimos bem, mesmo sabendo da consequente dor de cabeça que viria no dia seguinte.

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